quinta-feira, 29 de julho de 2010

XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (01/08/2010)
Ano C / Cor: verde / Leituras: Ecl 1,2; 2,21-23; Sl 89 (90); Cl 3,1-5.9-11; Lc 12,13-21

Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância...”

Diácono Milton Restivo
A liturgia de hoje aborda o tema “ganância e avareza”. A ganância é o sentimento de busca incondicional e desmedida que uma pessoa propõe a si própria para alcançar sonhos e objetivos, muitas vezes escusos ou indevidos. Ganância é um sentimento humano negativo que se caracteriza pela vontade de possuir somente para si próprio tudo o que existe, não se preocupando com as necessidades do próximo. É um egoísmo excessivo direcionado, principalmente, para a riqueza material, para o dinheiro. É o apego exorbitante e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e deixando Deus e o  próximo em segundo plano. A ganância é a irmã gêmea da avareza. A ganância e a avareza são considerados o pecado mais tolo por se firmar em possibilidades. A avareza é um dos sete pecados capitais que são considerados os mais condenáveis sob o ponto de vista cristão porque esses pecados geram outros pecados, outros vícios que deterioram a vida cristã. O avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus e a partilha com o irmão. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não seja Deus, como se fosse um deus e foi exatamente isso que a última Campanha da Fraternidade tratou: “Ninguém pode servir a dois senhores. Porque, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e às riquezas” (Mt 6,24). Avareza é sinônimo de ganância, ou seja, é a vontade exagerada de possuir tudo e qualquer coisa. Para o avarento os bens materiais deixam de ser um meio para aquisição de bens e serviços e para a satisfação das necessidades, mas um fim em si. A avareza opõe-se à virtude da generosidade. “Quem ama o dinheiro jamais se saciará do dinheiro. Quem é apegado às riquezas, nunca se farta com a renda. Isso também é vaidade. Quando as riquezas aumentam, crescem também aqueles que as devoram. Que vantagem tem o proprietário além de ficar sabendo que é rico?” (Ecl 5,9-10). O acúmulo de riqueza é uma grande vaidade, senão a maior.

sábado, 17 de julho de 2010

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM (18/07/2010)

Ano C / Cor: verde / Leituras: Gn 18,1-10; Sl 14 (15); Cl 1,24-28; Lc 10,38-42

"Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada"
 
Diácono Milton Restivo
Se existe uma virtude incentivada e valorizada nas Sagradas Escrituras, essa virtude é a hospitalidade. Temos vários exemplos disso nos Livros Sagrados mas, apenas para ilustrar a meditação de hoje, vamos pegar como referencia a citação de Gênesis 19,1-29, onde Lot, sobrinho de Abraão, recebe e dá abrigo em sua casa a dois mensageiros do Senhor. Por essa sua atitude hospitaleira Lot e toda a sua família foram salvos da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra que, em virtude dos pecados de seus moradores, foram totalmente destruídas pelo Senhor que “... Fez chover sobre Sodoma e Gomorra, enxofre e fogos vindos de Iahweh e destruiu estas cidades e toda a planície com todos os habitantes da cidade e a vegetação do solo”. (Gn 19,24).
Jesus também, por várias vezes, se socorre da hospitalidade de seus amigos e admiradores. Encontramos um desses fatos no Evangelho de Lucas, quando Jesus, “... Estando em viagem, entrou num povoado e certa mulher, chamada Marta, recebeu-o em sua casa.” (Lc 10,38).

sábado, 10 de julho de 2010

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM (11/07/2010)
Ano: C / Cor: verde
Leituras: Dt 30,10-14 / Sl 68 ou Sl 18B  / Cl 1,15-20 / Lc 10,25-37
 “E quem é o meu próximo?” (Lc 10,27)
Diácono Milton Restivo
A primeira leitura da liturgia de hoje evoca o preceito fundamental e a oração mais importante no judaísmo: “Ouça a voz do Senhor teu Deus e observe todos os seus mandamentos e preceitos, que estão escrito nesta lei. Converta-se para o Senhor seu Deus com todo o seu coração e com toda a sua alma”. (Dt 30,10). É um lembrete da oração principal dos judeus que era recitada (e ainda deve ser recitada) todos os dias e está contida no livro do Deuteronômio, sendo conhecida como “Shemá Israel”, ou seja “Ouça Israel”: “Ouça, Israel! Iahweh nosso Deus é o único Yahweh. Portanto, ame a Yahweh seu Deus de todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força. Que estas palavras que hoje eu lhe ordeno, estejam em seu coração. Você as inculcará em seus filhos, e delas falarás sentado em sua casa e andando em seu caminho, estando deitado ou de pé. Você também as amarrará em sua mão como sinal e elas serão como faixas  entre seus olhos. Você as escreverá  nos batentes de sua casa e nas portas da cidade”. (Dt 6,4-9). Esta oração era recitada todas as manhãs e à noite durante as orações judaicas. Sua recitação, duas vezes por dia, era um mandamento religioso para judeus praticantes. A oração completa do "Shemá Israel" está contida em Dt 6,4-9, e o complemento em Dt 11,13-21 e Nm 15,37-41.

domingo, 4 de julho de 2010

São Pedro e São Paulo


Ano: C / cor: vermelho / Leituras:

At 12,1-11 - O Senhor me libertou do poder de Herodes

Sl 33 - De todos os temores me livrou o Senhor Deus
2Tm 4,6-8.17-18 - Combati o bom combate, guardei a fé

Mt 16,13-19 - Tu és Pedro!


Reconhecer e testemunhar que Jesus é o Messias

Diácono Milton Restivo
Celebramos, neste domingo, a festa litúrgica dos Apóstolos que consideramos as duas colunas mestras da nossa Igreja: Pedro e Paulo. Para ambos o chamamento de Cristo para o apostolado foi diferente, em épocas diferentes, de modo diferente e viveram seus apostolados de maneira diferente, mas com todo o fervor, culminando por dar a vida para testemunharem os ensinamentos de Cristo e o grande amor que Jesus teve por todos e cada um de nós, e isso para confirmar a desigualdade dentro da unidade da Igreja de Jesus Cristo.




Conheçamos Pedro

Pedro, inicialmente pescador da Galiléia, se tornou discípulo e depois apóstolo de Jesus, quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia,, quando viu dois irmãos, Simão, também chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando a rede no mar, pois eram pescadores. Jesus disse para eles: ‘Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens’. Eles deixaram imediatamente as redes e seguiram a Jesus”. (Mt 4,18-20). Não temos dados quanto à data de seu nascimento e as principais fontes de informação sobre sua vida são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), onde consta Pedro sempre com destaque em todas as narrativas evangélicas, assim como nos Atos dos Apóstolos, citado nas epístolas de Paulo e escrito duas epístolas do seu próprio punho.