quarta-feira, 27 de outubro de 2010

XXXI DOMINGO DO TEMPO COMUM (31/10/2010)
Ano C / Cor: verde / Leituras: Sb 11,22–12,2; Sl 144 (145); 2Ts 1,11-2,2; Lc19,1-10

"Ele procurava ver quem era Jesus..."

Diácono Milton Restivo
A primeira leitura desta liturgia é tirada do livro da Sabedoria, que não consta da Bíblia protestante, e é uma jóia preciosa e rara da descrição do grande amor que Deus tem pela sua criação: “Sim, amas tudo o que existe e não desprezas nada do que fizeste; porque, se odiasses alguma coisa, não a terias criado”. (Sb 11,24). Mas, de uma maneira especial, o escritor sagrado deixa claro que dentre todas as criaturas, Deus ama de maneira especial o homem, e com ele tem um carinho especial: “Entretanto, de todos tens compaixão, porque tudo podes. Fecha os olhos aos pecados dos homens, para que se arrependam. [...] A todos, porém, tu tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor amigo da vida. O teu espírito incorruptível está em todas as coisas! É por isso que corriges com carinho os que caem e os repreendes, lembrando-lhes seus pecados, para que se afastem do mal e creiam em ti, Senhor”. (Sb 11,23.26; 12,1-2).

sábado, 23 de outubro de 2010

XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM (24/10/10)
Ano C / Cor: verde / Leituras: Eclo 35,15-17.20-22; Sl 33; 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14
Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador

Diácono Milton Restivo
A liturgia de hoje continua a incentivar para a oração e prega a igualdade, a fraternidade e a ser benevolente para com os pobres e desamparados. A primeira leitura, tirada livro do Eclesiástico, diz: “O Senhor é juiz e não faz diferença entre as pessoas. Ele não dá preferência a ninguém contra o pobre. Pelo contrário, atende a súplica do oprimido. Ele não despreza a súplica do órfão, nem a viúva que desafoga as suas queixas. Será que as lágrimas da viúva não lhe descem pela face, e o grito dela não se levanta contra quem a faz chorar? Quem serve ao Senhor será recebido com benevolência, e sua súplica chegará até as nuvens. A súplica do pobre penetra as nuvens, e ele não sossega, enquanto ela não chegar até lá. Ele não desiste, até que o Altíssimo intervenha para fazer justiça aos justos e realize o julgamento. O senhor não tardará...”. (Eclo 35,15-19a). Deus não faz nenhuma diferença entre os homens. Deus não dá preferência a ninguém; ama com igualdade a todos. Apenas é agradável a Deus aquele que pratica a justiça e o teme: “Pedro começou a falar: ‘De fato, estou compreendendo que Deus não faz diferença entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, seja qual for a nação a que pertença”. (At 10,34-35); “Porque Yahweh seu Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, valente e terrível, que não faz diferença entre as pessoas, nem aceita subornos. Ele faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o imigrante, dando-lhe pão e roupa”. (Dt 10,17-18); “Deus não é parcial a favor dos poderosos, nem favorece o rico contra o pobre, porque todos são obras de suas mãos”. (Jó 34,19). Deus não faz distinção entre pobres e ricos, brancos e negros, baixos ou altos, brasileiros, japoneses ou de quaisquer outras nacionalidades, entre doutores e analfabetos, entre patrões e empregados. “De fato, vocês todos são filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, pois todos vocês, que foram batizados em Cristo, se revestiram de Cristo. Não há mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre homem e mulher, pois todos vocês são um só em Jesus Cristo”. (Gl 3,26-28). Deus é Pai de todos e trata a todos com igualdade, atuando na vida de todos e de cada um. Deus ouve as súplicas de todos sem dar preferência a quem quer que seja, pois todos são seus filhos amados e “todos são obras de suas mãos”. A oração agradável a Deus começa com a vida de amor e respeito entre os irmãos. Não se pode agradar a Deus se há desavenças entre irmãos: “Se você for até o altar para levar a sua oferta, e aí se lembrar que seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe a oferta ai diante do altar, e vá primeiro fazer as pazes com seu irmão; depois volte para apresentar a oferta”. (Mt 5,23-24). Deus vê o coração sem se preocupar com o valor ou o tamanho da oferta. O amor e a humildade são a primeira condição para ser atendido por Deus.

sábado, 16 de outubro de 2010

XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM (17/10/2010)
Ano C / Cor: verde / Leituras: Ex 17,1-13; Sl 120 (121); 2Tm  3,14 - 4,2; Lc 18,1-8

“O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”
 
Diácono Milton Restivo
A liturgia de hoje nos chama à realidade da oração. A oração é uma estrada de mão dupla através da qual o cristão, com as suas súplicas, queixas e louvores, chega à presença de Deus, e Deus vem ao seu encontro, com as respostas: “Chame por mim que eu responderei, anunciando coisas grandiosas e sublimes, que você não conhece”. (Jr 33,3). “Fiquem sempre alegres no Senhor! Repito: fiquem alegres. [...] Não se inquietem com nada. Apresentem a Deus todas as necessidades de vocês através da oração e da súplica, em ação de graças.” (Fl 4,4a.6). “Aproximemos-nos do trono da graça com plena confiança, a fim de alcançarmos misericórdia, encontrarmos graça e sermos ajudados no momento oportuno”. (Hb 4,16). As leituras desta liturgia evocam a oração, a confiança, a entrega nas mãos de Deus, a expectativa de os pedidos serem atendidos e a certeza de que, embora tenhamos urgência em sermos ouvidos, Deus determina a hora em que isso aconteça.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Diácono Milton Restivo
No dia 12 de outubro o Brasil inteiro festeja o dia de Nossa Senhora Aparecida. Esta foi a maneira que Maria, a mãe de Jesus, se manifestou em defesa do povo oprimido e escravizado da época: os negros que vieram à força da África. Na pequena imagem encontrada no rio Paraíba, Maria, a mãe de Jesus, assumiu a cor negra, a cor do povo que era submetido às mais duras privações. Maria sempre vem em socorro ao povo oprimido e vilipendiado, e sempre se identifica com ele.
A sua história teve início em meados de 1717, quando chegou à cidade de Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, hoje Minas Gerais, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, nas Minas de Ouro. Desejosos de servi-lo com o melhor pescado que obtivessem, as autoridades determinaram que os pescadores do lugarejo fossem colher do rio o que de mais nobre ele poderia oferecer: belos peixes. Na região de um bairro, que hoje é Aparecida do Norte, mas que na época chamava-se Morro dos Coqueiros, moravam alguns pescadores, entre eles Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso. Seguindo aquela ordem da Câmara, os três pescadores também saíram, na mesma canoa, para pescarem rio acima. E pescaram durante horas e horas, e nada conseguiram. Por fim, ao chegarem a uma curva do rio, chamada Itaguaçu, lançaram a rede e, ao puxarem a rede, tiraram das águas uma imagem de Nossa Senhora que se enroscou nas malhas da rede, mas, essa imagem estava sem a cabeça, era somente o corpo. Que valor teria para eles uma imagem quebrada, somente o corpo, sem a cabeça? Claro que nenhum. Mesmo assim eles colocaram aquela imagem no fundo da canoa e continuaram a lançar a rede, continuaram a pescaria. Logo em seguida, ao puxarem as redes, notaram que estava enroscada em uma malha a cabeça da imagem, e viram que se encaixava direitinho no corpo. A partir daí, cada vez que lançavam a rede maior era o número dos peixes que retiravam do rio, motivo pelo qual os pescadores deram por encerrada a pescaria, e voltaram para suas casas com grande quantidade de grandes peixes.
Tudo isso aconteceu no dia 12 de outubro de 1717.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (10/10/10)
Ano C / cor: verde / Leituras: 2Rs 5,14-17; Sl 97 (98); 2Tm 2,8-13; Lc 17,11-19
Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” (Lc 17,17)

Diácono Milton Restivo
A liturgia continua mostrando Paulo, preso em Roma, escrevendo para Timóteo. São conselhos e advertências paternais e de um pastor, ausente por força das circunstâncias que, mesmo à distância, se preocupa com o seu rebanho e dá instruções ao seu discípulo muito amado. Paulo não perde de vista o objetivo de sua missão: “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho”. (2Tm 2,8). Como vemos, antes de surgirem os quatro evangelhos que conhecemos, Paulo já tinha escrito o seu evangelho; um evangelho teológico e doutrinário, que não se preocupou em narrar a história propriamente dita de Jesus, mas os seus ensinamentos que já haviam sido inseridos e assimilados na vida de cada comunidade que ele, Paulo, fundara. E Paulo tinha como ponto de partida e meta de chegada do seu Evangelho: “Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos”. Paulo se diz prisioneiro, como realmente estava em Roma e, por anunciar e viver os ensinamentos de Jesus Cristo, perdera a sua liberdade: “pelo qual estou sofrendo até algemas, como malfeitor”. (2Tm 2,9). As cartas que Paulo escreveu a Timóteo contêm conselhos a serem seguidos por nós hoje também. Nesta segunda carta Paulo encoraja Timóteo a continuar pregando a palavra, corrigindo, repreendendo e orientando: “... proclame a Palavra, insista no tempo oportuno e inoportuno, advertindo, reprovando e aconselhando com toda paciência e doutrina”. (2Tm 4,2), mesmo no meio de muitas perseguições pelas mãos dos infiéis: “Ademais, todos os que querem viver com piedade em Jesus Cristo serão perseguidos. Quanto aos maus e impostores, eles progredirão no mal, enganando e sendo enganados”. (2Tm 3,12-13).

sábado, 2 de outubro de 2010

Pe. Enrico Galimberti (1927-2010)

  • Nasceu na cidade de Seregno, Itália, aos 13 de setembro de 1927, filho de Giovanni e de Teresa Galimberti.
  • Entrou no Seminário Diocesano aos 13 anos de idade, mas logo escolhe entrar para o Instituto dos Missionários Combonianos, como resposta a uma vocação missionária.
  • Consagrou-se no Instituto dos Missionários Combonianos em 15 de agosto de 1946.
  • Foi ordenado Presbítero aos 07 de junho de 1952, na catedral de Milão.
  • Permaneceu no seu país durante 13 anos, até 1965, em intenso trabalho missionário.
  • Dirigiu a Editora EMI e uma outra, para publicações missionárias.
  • Apoiou os trabalhos de Raoul Follereau (luta mundial contra a hanseniase)
  • Chegou ao Brasil em 1966, passando a trabalhar como ecônomo provincial dos Combonianos
  • Foi Diretor da revista Sem Fronteiras, Procurador das Missões e ecônomo da Casa Comboni de Rio Preto
  • Trabalhou em diversas paróquias, em Brasília, no Espírito Santo e em Rio Preto.
  • Foi Administrador Paroquial da Paróquia São Pedro e São Paulo durante 08 anos, de 1999 a 2006, quando trabalhou incansável pela construção da nossa Igreja.
  • Desde 2007 era Vigário Paroquial do Santuário São Judas, em Rio Preto.
  • Faleceu na Itália, no último dia 13 de setembro, quando completou  83 anos.