XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (27/06/2010)
1Rs19,16b.19-21 = Eliseu levantou-se e seguiu Elias
Sl 15 = Ó Senhor, sois minha herança para sempre
Gl 5,1.13-18 = Fostes chamados para a liberdade
Lc 9,51-62 = Eu te seguirei para onde quer que fores
Diácono Milton Restivo
A liturgia de hoje coloca novamente em destaque, na sua primeira leitura, a vocação do profeta. Desta feita fala de Elias, o príncipe dos profetas do Antigo Testamento e Eliseu, seu discípulo. Todas as vezes que é lida e meditada uma passagem da Bíblia, principalmente do Antigo Testamento, há a necessidade de ser conhecida a situação do momento e da realidade que o personagem está vivendo e tudo o que à sua volta está acontecendo: a política, a religião, a economia, os costumes, a moral e tudo o mais que leva o personagem a tomar determinadas atitudes e posições a favor ou contra. É temerário buscar trazer os fatos de então para os dias atuais tais como eram e tentar compará-los com a realidade de hoje. Qual seria o pano de fundo da vivência do profeta Elias e, depois, de seu discípulo, Eliseu? Elias foi o mais famoso e dramático dos profetas de Israel; é daqueles personagens da Bíblia de que nada ou quase nada se conhece antes do início do seu ministério. Nos dias de Elias o Reino do Norte, Israel, foi governado por reis maus, ímpios, injustos, cruéis e, acima de tudo, idólatras e que induziam o povo a se afastar de Yahweh, como aconteceu com os reis Amri, Acab, cuja mulher, Jezabel, havia jurado Elias de morte (cf 1Rs 19,1-3), Ocozias, Jorão. Na época desses reis Elias tentou reorganizar a sociedade, fortalecer a autoridade que vinha de Yahweh, combater a idolatria, aproximar o povo de Yahweh e acabar com a ganância por parte dos poderosos.