Ano: A / cor: verde / Leituras: Is 49,14-15; Sl 61 (62); 1Cor 4,1-5; Mt 6,24-34
“Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno?... Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti” (Is 49,15)
Diácono Milton Restivo
A presença do profeta Isaias é uma constante nas leituras de nossas liturgias, principalmente quando o amor de Deus é colocado em pauta e exaltado. Na primeira leitura desta liturgia Isaias enaltece o amor de mãe que é tão grande e tão bonito que chega a ser comparado, na Bíblia, com o próprio amor de Deus: “Pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas?” (Is 49,15a). Para justificar o sucesso do homem, costuma-se dizer que, por trás de um homem realizado há sempre a figura de uma grande mulher e, com mais definição, quando essa mulher é a mãe. As Sagradas Escrituras nos mostram exemplos disso. O grande profeta e juiz israelita Samuel não teria sido o que foi se não fosse as insistentes orações para ter um filho, de sua mãe, Ana, que era estéril, isto é, não podia ter filhos. A oração de agradecimento a Yahweh de Ana por ter tido um filho, se encontra no primeiro livro de Samuel, 2,1-10. Além de muitos outros exemplos, as Sagradas Escrituras também citam os de Sara, a mulher de Abraão, em favor de seu filho Isaac (cf Gn 21,8-10) e de Rebeca, esposa de Isaac a favor de seu filho Jacó (cf Gn 27).