sábado, 30 de abril de 2011

2º Domingo da Páscoa

Ano A / Cor: branco / Leituras: At 2,42-47; Sl 117; 1Pd 1,3-9; Jo 20,19-31

“A paz esteja com vocês!” (Jo 20,19)

Diácono Milton Restivo

Neste domingo, chamado “in albis”, ou seja, “domingo das vestes brancas” ou da Divina Misericórdia, a liturgia acentua a nova existência do cristão regenerado pelo batismo ou pela renovação das promessas batismais que foram feitas na cerimônia da Vigília Pascal. Na igreja primitiva o batismo, principalmente dos adultos, acontecia na vigília do domingo da Páscoa. No domingo seguinte, que seria o segundo domingo da Páscoa, os neocatecúmenos já podiam participar da Eucaristia e, para tanto, se apresentavam para as liturgias da Palavra e da Eucaristia vestidos com vestes brancas que foram recebidas no seu batismo.
No domingo seguinte da Páscoa Jesus se apresenta ressuscitado aos seus discípulos, criando e fortalecendo, no Espírito, a primeira comunidade cristã. A primeira leitura, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos, mostra que as primeiras comunidades cristãs, já em plena atividade e evidência, transmitem o testemunho do Ressuscitado. Os novos cristãos “eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações”. (At 2,42)

sábado, 23 de abril de 2011

Domingo de Páscoa

Ano A / Cor: branco / Leituras: At 10,34.37-43; Sl 117 (118); Cl 3,1-4; Jo 20,1-9

“Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram” (Jo 20,2b)

Diácono Milton Restivo

Assim o Senhor Nosso Deus anunciava a Páscoa, a libertação ao povo israelita que se encontrava em escravidão nas terras do Egito sob o poder do Faraó: “Este dia será para vocês um memorial, pois nele celebrarão uma festa de Yahweh; vocês o celebrarão como um rito permanente, de geração em geração”. (Ex 12,14). A primeira Páscoa foi marcada com o sangue do cordeiro: “falem assim a toda a assembléia de Israel: no dia dez deste mês, cada família tome um animal, um anima para cada casa. [...] Pegarão o sangue e o passarão sobre os dois batentes e sobre a travessa da porta, nas casas onde comerem o animal”. (Ex 12,2.7).                     
O símbolo da primeira Páscoa foi designado por Yahweh para ser um cordeiro imolado e o seu sangue significou a libertação, a salvação do povo israelita da escravidão do Egito. O portal da casa israelita que fosse manchado pelo sangue do cordeiro imolado não sofreria a desgraça de ver seus filhos mortos pelo anjo da morte que dizimou os primogênitos egípcios: “Nessa noite eu passarei pela terra do Egito, matarei todos os primogênitos egípcios, desde os homens até os animais. E farei justiça contra todos os deuses egípcios. Eu sou Yahweh. O sangue nas casas será um sinal de que vocês estão dentro delas: ao ver o sangue eu passarei adiante. E o flagelo destruidor não atingirá vocês, quando eu ferir o Egito. Esse dia será para vocês um memorial, pois nele celebrarão um a festa de Yahweh. Vocês celebrarão como um rito permanente, de geração em geração”. (Ex 12,12,14).

sábado, 16 de abril de 2011

Domingo de Ramos e da Paixão

Ano A / Cor: vermelho / Leituras: Mt 21,1-11; Is 50,4-7; Sl 21 (22); Fl 2,6-11; Mt 27,11-54

“Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” (Mt 21,9)

Diácono Milton Restivo

A solenidade dos Ramos e da Paixão do Senhor é o domingo que antecede o Domingo da Páscoa. É o sexto domingo do Tempo da Quaresma e direciona a Igreja para os acontecimentos finais da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. É a preparação imediata da Páscoa da Ressurreição. Esta solenidade não faz parte do Tríduo Pascal: Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e Sábado da vigília pascal.
Para fins de esclarecimentos sobre o Tríduo Pascal, que acontece no transcorrer da semana seguinte, a Quinta-feira Santa é a comemoração da última Ceia da páscoa hebraica que Jesus fez com os doze apóstolos antes de sua prisão e ser levado à morte na cruz. Durante esta ceia Jesus instituiu, além da Eucaristia, o sacerdócio cristão, prefigurando o evento novo da Páscoa cristã que haveria de se realizar dois dias após. A Sexta-feira Santa é o único dia do ano em que a Igreja não celebra a Eucaristia. Recorda, apenas, a morte de Jesus por uma celebração da Palavra de Deus, constando de leituras bíblicas, de preces solenes, da adoração da cruz e da comunhão sacramental. A noite do Sábado Santo é a “mãe de todas as vigílias”, a celebração central da fé cristã. Nela a Igreja espera, velando, a ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos do Batismo e da Eucaristia.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

5º Domingo da Quaresma

Ano A / Cor: roxo / Leituras: Ez 37,12-14; Sl 129 (130); Rm 8,8-11; Jo 11,1-45

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, mesmo que esteja morto, viverá”  (Jo 11,25)

Diácono Milton Restivo

Neste 5º Domingo da Quaresma a liturgia da Palavra transpira a pequenez do homem e a magnitude de Deus, a fragilidade do homem e a grandeza de Deus, o fim inevitável do homem, a morte, e a eternidade de Deus. O profeta Ezequiel transmite a palavra de Yahweh para um povo que já estava na sepultura, isto é, sem esperanças, sem objetivos, sem perspectivas de dias melhores, pois vivia um período de escravidão, submetido a outros povos, e Yahweh promete a esse povo devolver-lhe a vida de esperança e reconduzi-lo à liberdade, colocando-o, de volta, na sua terra de origem, derramando sobre esse povo o seu espírito de fortaleza: “Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos, tirar vocês de seus túmulos, povo meu, e vou levá-los para a terra de Israel. Povo meu, vocês ficarão sabendo que eu sou Yahweh, quando eu abrir seus túmulos, e de seus túmulos eu tirar vocês. Colocarei em vocês o meu espírito, e vocês reviverão. Eu os colocarei em sua própria terra, e vocês ficarão sabendo que eu, Yahweh, digo e faço”. (Ez 37,12-14)
O Salmo é o grito de desespero do pecador transformado numa oração de súplica a Yahweh: “Das profundezas eu clamo a ti, Yahweh: Senhor, ouve o meu grito! [...] Yahweh, se levas em conta as culpas, quem poderá resistir?” (Sl 129 (130),1-2.3)