domingo, 25 de dezembro de 2011

Natal do Senhor


Ano B / cor: branco / Leituras: Is 9,1-6; Sl 95 (96); Tt 2,11-14; Lc 2,1-14

Natal de Nossos Senhor Jesus Cristo
Diácono Milton Restivo


É Natal. Enfeites nas vitrines do comércio, nas portas das residências; propagandas de produtos nos jornais, rádio e televisão sugerindo bens de consumo, presentes, roupas, enfim, renovação de tudo o que consumimos. Quantos julgam que o Natal exige roupas novas, enfeites em todas as partes, dar e receber presentes.  De fato, o Natal exige coisas novas, muitas coisas que não se resumem em roupas ou presentes. O Natal exige muitos enfeites, mas não os das vitrines ou portas de residências. Esses enfeites deveriam ser e retratar a beleza interior do nosso espírito que deveria estar se preparando cristãmente para o Natal do Senhor. Natal é coisa sempre nova. Quem o vive em seu verdadeiro espírito, não envelhece jamais: é sempre criança.          
Natal, quando cristãmente vivido, nos faz sentir jovens, nos dá energia para começar tudo de novo, vontade nova, preparando-nos para a vida que o Menino do Natal veio nos trazer. Os enfeites e roupas deveriam ser a exteriorização do nosso desejo de renascer para as coisas do alto. O importante é a realidade interior. O importante é o que está dentro de nós e nos apresentarmos para o Natal de Jesus Cristo com uma alma renovada e enfeitada de valores cristãos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

4º Domingo do Advento


Ano B / cor: roxo / Leituras: 2Sm 7,1-5.8-12.14.16; Sl 88 (89); Rm 16,25-27; Lc 1,26-38)

“Eis aqui a escrava do Senhor” (Lc 1,38)

Diácono Milton Restivo

Chegamos ao último domingo do Advento. Estamos às portas do Natal de nosso Senhor Jesus Cristo. Na liturgia acende-se a última vela da coroa do Advento, a vela do amor, e quem a acender deve dizer: “Bendito sejais, Deus de amor, pela luz de Cristo, sol de nossa vida, a quem esperamos com toda a ternura do coração”.
Nas leituras da liturgia da Palavra busca-se uma morada para Yahweh, no Antigo Testamento, e para o Emanuel – Deus conosco, no Novo Testamento. Um personagem de suma importância para Israel e Judá aparece na primeira leitura: o rei Davi. Não podemos ignorar a figura importante, também, do profeta Natã que foi fundamental no apoio dado ao rei Davi, principalmente quando este cometia deslizes.
Davi sentia-se incomodado por morar num palácio de cedro, enquanto a Arca da Aliança estava “alojada numa tenda”, e propôs-se a construir um Templo para a Arca da Aliança, morada de Yahweh que acompanhou os israelitas durante todo o tempo de sua caminhada pelo deserto. A construção de uma casa permanente para substituir o tabernáculo, ocupou sempre o pensamento de Davi. O profeta Natã, a mando de Yahweh, desestimula Davi, dizendo que, quem deveria construir o Templo para Yahweh não seria Davi, mas o seu filho: “E quando esgotar seus dias e você repousar junto a seus antepassados, eu exaltarei a sua descendência depois de você, aquele que vai sair de você. E firmarei a realeza dele. Ele é quem vai construir uma casa para o meu nome. E eu estabelecerei o trono real dele para sempre. Serei para ele um pai e ele será um filho para mim” (2Sm 7,12-14).

sábado, 10 de dezembro de 2011

3° Domingo do Advento


Ano B / Cor: róseo / Leituras: Is 61,1-2.10-11; Sl de Lc 1; 1Ts 5,16-24; Jo 1,6-8.19-28

“Eu sou a voz que grita no deserto” (Jo 1,23)

Diácono Milton Restivo

O Terceiro Domingo do Advento é chamado “Domingo Gaudete”, ou seja, “Domingo da Alegria”. Este domingo tem esse nome porque a antífona de entrada da Missa começa com as palavras de Paulo Apóstolo na sua carta aos filipenses: “Gaudete in Domino semper”, que, traduzido para o português, temos: “Fiquem sempre alegres no Senhor! Repito: fiquem alegres! O Senhor está próximo”. (Fl 4,4.5) e, na segunda leitura, no mesmo espírito de alegria, Paulo diz aos tessalonicenses: “Irmãos, estejam sempre alegres, rezem sem cessar. Dêem graças em todas as circunstâncias, porque esta é a vontade de Deus a respeito de vocês em Jesus Cristo. [...] Que o espírito, alma e corpo de vocês sejam conservados de modo irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Quem chamou vocês é fiel e realizará tudo isso.” (1Ts 5,16-18.23-24)
Os paramentos litúrgicos deste domingo poderão ser róseos para amenizar um pouco a austeridade do roxo, e o otimismo deve reinar porque, na liturgia da Palavra, o profeta Isaias diz para que o Messias deveria vir. No Salmo Maria, a escolhida para ser a mãe do Filho de Deus, o Messias, entoa um dos mais belos cânticos das Sagradas Escrituras, o “Magnificat” e o Evangelho de João apresenta o precursor do Messias, João Batista. “a voz que grita no deserto” (cf. Jo 1,22)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

2º Domingo do Advento


Ano B / Cor: roxo / Leituras: Is 40,1-5.9-11; Sl 84 (85); 2Pd 3,8-14; Mc 1,1-8

“Depois de mim virá alguém mais forte que eu” (Mc 1,7)

Diácono Milton Restivo

Estamos vivendo o Tempo do Advento, na expectativa da vinda da Luz do mundo: “O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e aos que habitavam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz.” (Is 9,2). O profeta Isaias é uma constante no Tempo do Advento.
O livro do profeta Isaias tem uma particularidade única: é dividido em três partes chamadas Proto-Isaías, do capítulo 1 ao 39, Segundo Isaias também chamado Dêutero-Isaías ou “Livro da Consolação” que compreende dos capítulos 40 ao 55 e o Trito-Isaías, dos capítulos 56 a 66.
A história dos poemas narrativos constantes do Dêutero-Isaías ou Livro da Consolação tem a ver com o regresso dos judeus depois do cati­veiro da Babilônia. A primeira deportação dos judeus para a Babilônia deu-se em 597 aC; em 586 aC é a conquista de Jerusalém e a segunda deportação.