Ano B / cor: verde / Leituras: 1Sm 3,3-10.19;
Sl 39 (40); 1Cor 6,13-15.17-20; Jo 1,35-42
“Eis o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo
1,29)
Diácono Milton Restivo
A primeira
leitura desta liturgia nos traz uma das figuras mais significativas do Antigo
Testamento: o profeta, sacerdote e juiz Samuel. Samuel, segundo as Sagradas
Escrituras, foi o último dos juizes de Israel e o primeiro profeta que consta
da história do seu povo. Foi Samuel quem ungiu os dois primeiros reis de
Israel, Saul e Davi. Samuel lembra, de diversas maneiras, a figura de João
Batista. O Evangelista Lucas destaca essas semelhanças: em ambos os casos
destaca-se o ambiente sacerdotal, e as duas anunciações acontecem no santuário;
nos dois casos, as mães são estéreis e os filhos são consagrados nazireus (Lc
1,7.15-17.25) Mas o mais forte paralelismo talvez esteja no fato de ambos
anunciarem uma nova fase da história da salvação. João Batista é o último dos
profetas e anuncia a plenitude dos tempos. Samuel é o primeiro dos profetas e
consagra o início da monarquia de Israel, onde ocupa papel de destaque a
dinastia de Davi, da qual havia de nascer o Messias.
A mãe de
Samuel, Ana, era estéril, não podia ter filhos. Isso era motivo para que, a
outra esposa de seu marido, que tinha muitos filhos, a humilhasse. Ana fez uma
oração comovente a Yahweh, conforme consta em 1Sm 2,1-10, prometendo que, se
tivesse um filho, ele seria um nazireu, ou seja, um consagrado a Yahweh, isto
é, não podia cortar o cabelo e abster-se do consumo de vinho ou qualquer outro
produto oriundo da uva e outras imposições conforme foi instituído e
regulamentado no livro de Números, 6,1-21. Desta forma nasceu Samuel e sua mãe
o entregou aos cuidados do sacerdote Eli, para que ele servisse no templo,
desde a mais tenra idade.
Enquanto
servia no Templo, certa noite Yahweh chama pelo nome de Samuel por quatro
vezes. Confuso, Samuel, julgando ele que quem o chamava era o sacerdote Eli,
até que o próprio Eli entendeu que era Yahweh que o chamava, e o orientou a
responder, o que foi feito por Samuel: “Fala
que teu servo escuta.” (1Sm 3,10)
Um chamamento
por parte de Deus nunca é anônimo. Muitas vezes, a pessoa que é chamada para
uma vocação, nunca dá resposta imediatamente e por isso o Senhor usa de uma
pedagogia: chama a pessoa gradualmente dando tempo para que a pessoa responda
ao chamamento. Muitas vezes Deus lança mão de um intermediário, como aconteceu
com o sacerdote Eli que orientou Samuel para que respondesse ao chamamento de
Deus. Samuel escuta Eli e faz-se totalmente disponível para Deus: “Fala, Senhor; o teu servo escuta!”
(1Sm 3,9.10) Samuel começa a manifestar-se como verdadeiro profeta. Deus chama
a cada um, de maneira diversa.
Na liturgia
deste domingo João Batista torna
pública a identidade de Jesus no seu ministério: “Eis o Cordeiro de
Deus, aquele que tira o pecado do mundo”.
(Jo 1,29). Em toda santa Missa que participamos, durante a fração do pão
eucarístico, ouvimos o presidente da celebração dizer: “Eis o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo” e respondemos convictos e compungidos: “Senhor, eu
não sou digno (a) de que entreis em minha morada. Mas dizei uma palavra e serei
salvo (a)”. Esta aclamação foi introduzida na santa missa pelo Papa Sérgio II
(687-701)
Quando Jesus é
chamado de Cordeiro de Deus no Evangelho segundo João em 1,29 e 1,36, é uma
referência ao fato de que ele é o sacrifício perfeito e definitivo pelo pecado
do mundo e de todos os homens. Para podermos compreender quem Jesus era e o que
fez, precisamos voltar ao Velho Testamento onde encontramos as profecias sobre
a vinda do Messias como expiação do pecado, principalmente no livro de Isaias: “No
entanto, Yahweh queria esmagá-lo com o sofrimento: se ele entrega a sua vida em
reparação pelos pecados, então conhecerá os seus descendentes, prolongará a sua
existência e, por meio dele, o projeto de Yahweh triunfará”. (Is 53,10); “Mas ele estava sendo transpassado por
causa de nossas revoltas, esmagado por nossos crimes. Caiu sobre ele o castigo
que nos deixaria quites; e por suas feridas é que veio a cura para nós.” (Is
53,5; 2Cor 5,21; Rm 4,25; Gl 3,13)
O termo “Cordeiro de Deus” é uma
expressão que aparece no Novo Testamento, no Evangelho de João, onde
João Batista diz de Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o
pecado do mundo" (Jo 1,29; 1,36). Quando João Batista aponta para Jesus e
o chama de Cordeiro de Deus, ele está dizendo que Jesus veio para morrer a
nossa morte; que Jesus veio nos aspergir com o seu sangue e nos trazer a salvação;
que Jesus veio para levar consigo o nosso sofrimento, a nossa dor e o nosso
pecado; que Jesus veio para imolar a sua vida no altar do Pai, mas, acima de
tudo, veio para triunfar sobre todos os poderes inimigos que tentam subjugar os
seus discípulos, por isso ele é “o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado
do mundo”.
Nas Sagradas
Escrituras a primeira menção sobre sacrificar um cordeiro em lugar de alguém
que estava destinado à morte aparece no livro do Gênesis, 22,1-18, quando
Yahweh submete Abraão à grande prova da fé. Para Abrahão provar a sua fé a
Yahweh teria de sacrificar o seu próprio e único filho Isaac, imolando-o e
queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de
animais, conforme Yahweh lhe havia determinado: “Abraão, tome seu filho, seu
único filho Isaac, a quem você ama, vá à terra de Moriá e ofereça-o ai em
holocausto, sobre uma montanha, que eu vou lhe mostrar” (Gn 22,2) No caminho,
Isaac, sabendo que iam fazer um holocausto a Yahweh e vendo que não levavam a
vítima, pergunta ao seu pai: “Pai, aqui estão o fogo e a lenha. Mas onde está o
cordeiro para o holocausto? Abraão respondeu: ‘Deus providenciará o cordeiro
para o holocausto, meu filho” (Gn 22,6-8) Porém, quando Abraão ia consumar a
ordem de Yahweh, um anjo interveio e impediu que Abraão sacrificasse seu filho
Isaac: “Não estenda a mão contra o menino! Não lhe faça nenhum mal! Agora sei
que você teme a Deus, pois não me recusou seu filho único.” (Gn 22,12) Mas o
holocausto deveria ser realizado de qualquer forma e “Abraão ergueu os olhos e
viu um cordeiro preso pelos chifres num arbusto; pegou o cordeiro e o ofereceu
em holocausto no lugar do seu filho.” (Gn 22,13) Isaac é substituído por um cordeiro que é sacrificado em seu lugar. Foi
o primeiro prenúncio de Jesus, o Messias, como o Cordeiro de Deus que deveria
ser sacrificado para que, como Isaac que foi substituído pelo cordeiro, os
homens todos não fossem sacrificados pelos seus pecados: “Foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca;
tal como cordeiro ele foi levado para o matadouro; como ovelha muda diante do
tosquiador, ele não abriu a boca.” (Is 53,7; Mt 26,63; 1Pd 2,23; At 8,32-33; Jo
1,29) E Jesus ficou calado
diante de seus torturadores: “Pilatos entrou outra vez no palácio e perguntou a
Jesus: ‘Donde és tu?’ Jesus ficou calado”. (Jo 19,9)
Isaias não para por ai: “Todavia, eram as nossas doenças que ele
carregava, eram as nossas dores que ele levava em suas costas. E nós achávamos
que ele era um homem castigado, um homem ferido por Deus e humilhado. Mas ele
estava sendo transpassado por causa de nossas revoltas, esmagado por nossos
crimes. Caiu sobre ele o castigo que nos deixaria quites; e por suas feridas é
que veio a cura para nós.” (Is 53,4-5; 2Cor 5,21; Rm 4,25; Gl 3,13)
Mas, existe um fato de suma importância no início
dessa passagem do teste de Yahweh para com Abraão que se repetiu no chamamento
de Moisés, que não podemos deixar passar desapercebido: a maneira como Yahweh
chamou Abraão e Moisés, pessoas de importância vital para o povo israelita, e a
mesma resposta que eles deram ao chamamento de Yahweh, assim como aconteceu com
Samuel na primeira leitura. Para Abraão Yahweh chamou o seu nome por duas vezes
(Gn 22,1), o mesmo acontecendo com Moisés, tendo o seu nome repetido por Yahweh
por duas vezes (Ex 3,4), e a resposta de ambos foi a mesma: “Eis-me aqui”, assim como aconteceu com Samuel a quem
Yahweh chamou por quatro vêzes (Gn 22,1; Ex 3,4: 1Sm 3,3-10) O Senhor
chama o seu escolhido repetindo o seu nome por duas ou mais vezes e aquele que
está aberto ao chamamento de Yahweh responde prontamente: “Eis-me aqui”; “Fala,
Senhor, que teu servo escuta”. A partir dai Yahweh determina o motivo de seu
chamamento: A Abraão o teste de sua fé; a Moisés, a libertação de seu povo, a
Samuel o início de uma nova era para o povo israelita. Qual tem sido a nossa
resposta ao Senhor nosso Deus quando ele nos chama pelo nosso nome?
Assim como para Abraão apareceu um cordeiro para
ser sacrificado pelo seu filho, na missão de Moisés também aparece um cordeiro
para livrar todos os primogênitos dos hebreus da morte no Egito (Ex 12,1-14).
Yahweh determina a Moisés que o cordeiro a ser sacrificado deveria ser macho,
sem defeito, de um ano, isto é, sem ter sido usado, ainda, para a procriação
(Ex 12,5)
No livro do Deuteronômio Yahweh determina que o
cordeiro seja um primogênito, ou seja, o primeiro, aquele que abriu o ventre de
sua mãe, e que não tenha defeitos (Dt 15,21) Na fuga dos hebreus do Egito o
sangue do cordeiro imolado deveria ser passado sobre as portas das casas dos
hebreus, e isso os livararia do anjo da morte: “Pegarão o sangue e o passarão
sobre os dois batentes e sobre a travessa da porta, nas casas onde comerem o
animal. [...] Nessa noite, eu passarei pela terra do Egito, matarei todos os
primogênitos egípcios, desde os homens até os animais. [...] O sangue nas casas
será um sinal de que vocês estão dentro dela: ao ver o sangue, eu passarei
adiante. E o flagelo destruidor não atingirá vocês, quando eu ferir o Egito.
Esse dia será para vocês um memorial, pois nele celebrarão uma festa de Yahweh.
Vocês o celebrarão como um rito permanente, de geração em geração”. (Ex
12,7.12.13-14)
Observemos a última frase: “Vocês o celebrarão
como um rito permanente, de geração em geração”. Quando Jesus anuncia a Nova
Aliança no seu sangue, ele determina que isso seja feito em memória dele de
geração em geração: “Do mesmo modo, após a Ceia, tomou também o cálice,
dizendo: ‘Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue: todas as vezes que vocês
beberem dele, façam isso em memória de mim’” (1Cor 11,25), da mesma maneira que
Moisés falara quando aspergia o sangue dos cordeiros imolados sobre o povo:
“Este é o sangue da Aliança que Yahweh faz com vocês”. (Ex 24,8). Como o sangue
do cordeiro salvou os primogênitos dos hebreus da morte no Egito, o sangue do
Cordeiro de Deus imolado no Calvário e que tingiu a cruz, salva a todos os que
aderirem ao seu batismo e às suas recomendações evangélicas.
A Carta aos Hebreus atribui a Jesus, o Messias, o
símbolo do cordeiro que era sacrificado pelos sacerdotes no Antigo Testamento
(Ex 29,1-37), quando afirma: De fato, depois que o sumo sacerdote oferece o
sangue no santuário pelos pecados do povo, os corpos dos animais oferecidos em
sacrifício são queimados fora do recinto sagrado. Por esse motivo também Jesus
sofreu sua paixão fora de Jerusalém quando purificou o povo com o seu próprio
sangue”. (Hb 13,11-12)
Isaias atribui a Jesus a figura profética do
cordeiro: “Foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; tal como cordeiro,
ele foi levado para o matadouro; como ovelha muda diante do tosquiador, ele não
abriu a boca.” (Is 53,7)
O sistema de sacrifícios estabelecido por
Deus no Antigo Testamento preparou o terreno para a vinda de Jesus, o Cristo, o
perfeito sacrifício que Deus providenciou como expiação pelos pecados de seu
povo: “Deus tornou possível aquilo que para a Lei era impossível, porque os
instintos egoístas a tornaram impotente. Ele enviou o seu próprio Filho numa
condição semelhante à do pecado, em vista do pecado, e assim condenou o pecado
na sua carne mortal”. (Rm 8,3); “Irmãos, com toda segurança podemos entrar no
santuário, por meio do sangue de Jesus. Ele inaugurou para nós esse caminho
novo e vivo, através da cortina, isso é, da sua própria carne”. (Hb 10,19-20) O
cordeiro é o símbolo mais antigo da salvação de um povo e da Páscoa desse povo.
Hoje o
“Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” é a realidade mais nova da Nova
Aliança, a Aliança inaugurada no sangue de Jesus derramado no Calvário.
No Novo
Testamento Cristo é o Cordeiro de Deus sacrificado uma vez por todas em prol da
salvação de toda a humanidade. É a nova Aliança de Deus realizada por seu
Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.
No Antigo
Testamento a Páscoa era celebrada com os pães sem fermento, os pães ázimos e
com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol
de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel
celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo. Hoje, na Eucaristia, o
povo de Deus se alimenta do pão que lhe é oferecido por Jesus: “A seguir, Jesus
tomou o pão, agradeceu a Deus, o partiu e distribuiu a eles, dizendo: ‘Isto é
meu corpo, que é dado por vocês. Façam isso em memória de mim’”. (Lc 22,19)
Para os cristãos o centro da fé será sempre o Cristo que morreu e ressuscitou
para mostrar que o Reino de Deus pregado por ele está presente e vivo entre os
homens.
O livro das Sagradas Escrituras que mais
descreve Jesus como o Cordeiro, é o Apocalipse.
Mais de vinte e oito vezes, no último livro da Bíblia, Jesus é identificado
como o Cordeiro. O Cordeiro no Apocalipse
é uma figura com poder absoluto, é um Cordeiro vitorioso. O papel dele
de sacrifício é central, mas ele apresenta-se como o Cordeiro que foi morto,
mas agora vive. Pelo seu sangue, ele dá a vitória aos fiéis e lava as
vestiduras deles: “Um dos Anciãos tomou a palavra e me perguntou: ‘Você sabe
quem são e de onde vieram esses que estão vestidos com roupas brancas? ’ Eu
respondi: ‘Não sei não, Senhor! O Senhor é quem sabe’. Ele então me explicou:
‘São os que vêm chegando da grande tribulação. Eles lavaram e alvejaram suas
roupas no sangue do Cordeiro’”. (Apo 7,13-14)
O Cordeiro, também descrito como o Leão de
Judá, é o único digno de abrir os selos do livro para revelar e executar a
vontade de Deus: “Um dos anciãos me consolou: ‘Pare de chorar! O Leão da tribo
de Judá, o Rebento de Davi venceu! Ele é capaz de romper os selos e abrir o
livro!” (Apo 5,5). Ele é digno, também, de receber a adoração de todas as
criaturas no céu e na terra: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a
riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor” (Apo 5,12) O
Cordeiro aparece no monte Sião com os fiéis da terra: “O Cordeiro estava de pé
sobre o monte Sião. Com ele os cento e quarenta e quatro mil que traziam a
fronte marcada com o nome dele e o nome de seu Pai” (Ap 14,1)
Um dos fatos mais impressionantes sobre o
Cordeiro do Apocalipse é que
ele é um guerreiro vitorioso. Apesar da imagem comum de cordeiros como animais
mansos e inofensivos, o Cordeiro de Deus é um forte vencedor, garantindo a
vitória dos fiéis que estejam com ele: “Todos juntos farão guerra contra o
Cordeiro. Mas o Cordeiro os vencerá, porque o Cordeiro é Senhor dos senhores e
Rei dos reis. E com ele, vencerão também os chamados, os escolhidos e os fieis”
(Ap 17,14)
Por outro lado, aqueles que rejeitam o
Cordeiro são punidos diante dele: “Se alguém adora a Besta e a imagem dela, e
recebe a sua marca na fronte ou na mão, esse também vai beber o vinho do furor
de Deus, derramado sem mistura na taça de sua ira. Será atormentado com fogo e
enxofre diante dos santos Anjos e diante do Cordeiro”. (Ap 14,9-10)
No final do livro do Apocalipse os
discípulos são chamados às bodas do Cordeiro, quando ele recebe sua noiva, que
é a Igreja: “Vamos ficar alegres e contentes, vamos dar glória a Deus, porque
chegou o tempo do casamento do Cordeiro, e sua esposa já está pronta:
concederam que ela se vestisse de linho puro e brilhante, - pois o linho
representa o comportamento justo dos santos. Logo em seguida o Anjo me disse: Escreva:
Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro” (Apo 19,7-9)
Através dos séculos o cordeiro tem chamado a
atenção por sua natureza de mansidão.
Em seu espírito de humildade, Jesus personifica o cordeiro. Vinte e oito
vezes no livro de Apocalipse, João usa a palavra que descreve Jesus como Cordeiro. Se tivesse ficado com
desejo de vingança, quando no momento de sua prisão, Jesus poderia ter mandado
descer dos céus doze legiões de anjos para destruírem seus inimigos: “Ou você
pensa que eu não poderia pedir socorro ao meu Pai? Ele me mandaria logo mais de
doze legiões de anjos”. (Mt 26,53). Pedro, mais tarde, diria na sua
carta: “quando insultado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava. Antes,
depositava sua causa nas mãos daquele que julga com justiça. Através dos
ferimentos dele é que fomos curados, pois estavam desgarrados como ovelhas, mas
agora retornaram ao seu Pastor e Guardião” (1Pd 2,23-25) Por isso, Jesus é o “Cordeiro
de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”
(Jo 1,29.36)
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