Ano A / cor: verde / leituras: Ml 1,14-2,1-2.8-10;
Sl 130 (131); 1Ts 2,7-9.13; Mt 23,1-12
“Quem se eleva será humilhado, e quem se
humilha, será exaltado” (Mt 23,12)
Diácono
Milton Restivo
Nos
santos Evangelhos, de modo especial no Evangelho de Mateus, a figura do fariseu
é a antítese de tudo aquilo de bom que Jesus veio trazer à humanidade. O
cristianismo nascente deixou transparecer uma imagem marcada e caracterizada
pela contradição e dedicação ferrenha no combate aos ensinamentos de Jesus por
parte dos fariseus. Os maiores rivais políticos e religiosos dos fariseus foram,
durante muito tempo, os saduceus, principalmente devido a postura em favor de
Roma por parte dos saduceus. Esta rivalidade, contudo, não os impedia de
unirem-se em alguns momentos em que os objetivos faziam-se comuns,
principalmente para contradizer e tentar Jesus.
Junto aos
saduceus, doutores da Lei e escribas, os fariseus eram tidos como adversários
de Jesus, dos quais Jesus ataca duramente a sua prepotência, o seu orgulho, a
sua avareza, a sua hipocrisia e, sobretudo, a pretensão que eles tinham em
defender a crença de que a salvação viria através da Lei de Moisés, de quem
eram discípulos e ferrenhos defensores. Os Evangelhos os retratam como os
principais oponentes de Jesus (cf Mc 8,11; 10,2; etc)